SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-executivo da Itapemirim
Transportes Aéreos Tiago Senna disse que deixou cargo depois de
desconfiar dos aportes milionários prometidos para a empresa. A
declaração foi feita pelo ex-CEO durante entrevista à revista "Veja".
A
alteração na direção da companhia ocorreu em maio, algumas semanas
antes do início dos voos regulares. Senna foi substituído por Adalberto
Bogsan no cargo de vice-presidente de novos negócios do grupo. A empresa
suspendeu as operações no dia 17 de dezembro, pegando passageiros de
surpresa e provocando caos em aeroportos pelo país.
Em fevereiro, o
dono do grupo, Sidnei Piva de Jesus, anunciou um aporte de US$ 500
milhões na nova empresa por meio de um fundo governamental dos Emirados
Árabes Unidos. O dinheiro não chegou, mas ainda assim, a ITA decolou.
Entre os problemas apontados para a suspensão das atividades da companhia estão salários atrasados e dívidas com fornecedores.
Em
nota enviada ao UOL, a Itapemirim alegou que estava negociando
individualmente com cada um de seus credores. Quanto ao atraso nos
pagamentos de funcionários, a empresa disse que passou por uma
dificuldade pontual, o que fez com que metade de cada salário fosse pago
no começo do mês de dezembro e o restante teve de ser parcelado.
Em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na última semana, Piva,
afirmou que a suspensão das atividades não significa que a companhia
deixará de voar. "Suspenso não é cancelado. Quando voltarmos, teremos de
preencher todos os questionários da Anac, mas a Itapemirim deverá estar
apta para voltar em breve", disse.
O executivo afirmou que as
atividades da companhia foram suspensas por um problema "operacional".
Segundo ele, o serviço nos aeroportos era feito por funcionários
terceirizados. Uma das empresas contratadas, a Orbital, teria
interrompido as atividades "repentinamente".
Fonte: Folha
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