quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Democratas obtêm vitórias e seguram 'onda republicana' no Congresso dos EUA



 ATLANTA, GEÓRGIA, EUA (FOLHAPRESS) - Os democratas passaram os últimos meses em claro. A baixa popularidade do presidente Joe Biden e as perspectivas econômicas ruins dos EUA apontavam que o partido perderia as midterms, as eleições de meio de mandato que aconteceram na terça (8), de lavada.

Uma "onda vermelha", descrita às vezes como um tsunami, que levaria para os republicanos o controle do Senado e da Câmara e inviabilizaria a segunda metade do governo Biden, segundo as projeções.

E essa onda não veio, ao menos não com a virulência projetada. Manter a maioria do Senado parece mais possível após John Fetterman derrotar Mehmet Oz na Pensilvânia, e na Câmara houve vitórias importantes que devem diminuir o baque da derrota para os democratas. "Definitivamente não é uma onda republicana, com toda certeza", reconheceu o senador republicano Lindsey Graham em entrevista à NBC.

Nas primeiras horas da manhã desta quarta (9) já se falava que os republicanos poderiam ter maioria apertada na Câmara --com 435 assentos, quem conquistar 218 cadeiras controla a Casa, apenas seis a mais do que o partido tem hoje.

É possível ter uma ideia de como essa vitória é mais modesta do que o esperado comparando com as duas últimas vezes que presidentes democratas enfrentaram derrotas nas eleições de meio de mandato. Em 2010, nas primeiras midterms de Barack Obama, os republicanos viraram 63 cadeiras para o partido. No começo do governo Bill Clinton, em 1994, os republicanos conquistaram 54 assentos. O mesmo ocorreu quando os democratas retomaram o controle da Câmara quando Donald Trump enfrentou as midterms em 2018: na ocasião, os republicanos perderam 41 assentos.

Agora, qualquer resultado abaixo de 20 novos assentos para os republicanos tem sido visto como uma derrota simbólica para o partido nas atuais circunstâncias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário