sábado, 18 de setembro de 2021

Aumento do IOF para bancar o benefício do Auxílio Brasil vai "travar" valor em 2022


 

BRASÍLIA – Ao elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para ampliar o valor médio do benefício do Auxílio Brasil – a reformulação do Bolsa Família que passará a vigorar em novembro quando o Auxílio Emergencial acabar –, a equipe econômica entende que “travou” o ticket médio do programa para 2022.

O aumento da alíquota do imposto esse ano atende a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para indicação de fonte de compensação para uma elevação de despesa. O montante de R$ 1,6 bilhão que será direcionado ao novo Bolsa Família permitirá o pagamento de um benefício médio de R$ 300 a cerca de 17 milhões de famílias.

A leitura do time do ministro Paulo Guedes é que isso vai travar o valor do benefício em 2022, quando novos reajustes não serão permitidos por causa das restrições impostas pela legislação eleitoral.

Como já mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, Guedes vem dizendo a interlocutores neste sábado que a elevação do IOF foi uma “tecnicalidade jurídica transitória”, afastando críticas que de a ação teria sido tomada por “falta de dinheiro ou populismo”. O ministro ainda frisou que para 2022 será a tributação sobre dividendos, que consta na reforma do Imposto de Renda, que bancará o Auxílio Brasil.

As explicações são uma tentativa de melhorar o humor do mercado, que reagiu mal ao aumento de imposto, por ser uma quebra de promessa de campanha de Jair Bolsonaro. A avaliação é de que essa medida vai encarecer a tomada de crédito e aumentar os custos para empresas, num momento ainda delicado da recuperação econômica, em que há piora nos indicadores e de revisão para baixo nas projeções para a economia.
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