quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Contra preconceito religioso, Lula pode evocar lei de liberdade de culto de 2003



Na última semana, a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) deu os primeiros passos na exploração de temas religiosos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quando a primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou imagens do petista, o associando a religiões de matriz africana, os estrategistas do governante viram potencial nisso para provocar desgaste de Lula entre eleitores evangélicos.

Contudo, segundo informações do site Poder360, o petista tem um trunfo que pode ser utilizado em seu benefício. Em 2003, o então presidente da República sancionou a lei de liberdade religiosa e pode levar essa argumentação para a campanha.

Segundo o texto da legislação: “são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”.

Dessa forma, a defesa da liberdade de culto pode ser utilizada por Lula, que é católico e tem boa relação com o movimento negro e indígena.

Na última semana, a colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo trouxe informações do Planalto que indicam o uso desse recurso contra Rosângela da Silva, socióloga esposa de Lula. A Janja, como é conhecida, tem uma foto em que aparece de branco, ao lado de imagens de orixás e escreve “Saudades de vestir branco e girar, girar, girar…” em referência aos cultos de matriz africana.


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