sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Bomba: vazou plano impopular de Bolsonaro com Guedes para 2023



A publicação de notícia sobre um plano econômico de Paulo Guedes, a ser anunciado depois do segundo turno da corrida presidencial, produziu um curto-circuito no comitê da reeleição. Revelado pela Folha, o plano do Ministério da Economia prevê salário mínimo e aposentadorias sem correção pela inflação. 

Em condições normais, a proposta seria apenas impopular. No meio de uma campanha eleitoral em que o adversário promete reajustar o salário mínimo acima da inflação, o vazamento do plano tóxico foi visto como um "suicídio político". O episódio foi classificado por um dos caciques da campanha como "sabotagem".

O deputado André Janones, chefe do departamento de manipulações eletrônicas da campanha de Lula, correu para o Ministério da Economia. Munido de celular, realizou uma transmissão ao vivo. Posicionado sob o letreiro do ministério, declarou: "O ministro Paulo Guedes acaba de anunciar a redução no valor do salário mínimo, aposentadorias, pensões a partir de 2023...".

Guedes não estava no prédio. Viajara para o Rio de Janeiro. Alheio à ausência, Janones encomendou aos seus seguidores o compartilhamento do vídeo. A conversão do Ministério da Economia em fornecedor de munição para a campanha adversária transtornou a cúpula do comitê da reeleição. A irritação foi compartilhada com Bolsonaro. 

Pressionado, Paulo Guedes apressou-se em classificar de "fake news" a hipótese de eliminação do repasse da corrosão inflacionária para o salário mínimo e as aposentadorias. "Não se muda a regra do jogo durante o jogo. O jogo está correndo", disse o ministro.

Uol

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